Lugares e Lugarejos #01: Cinemateca Brasileira

Bons dias, tardes, noites ou éons, leitores mais lindos do Brasil! Como vão os senhores nessa segunda-feira triste como todas as outras? Eu sei, eu sei… Pois bem, quem sabe essa nova coluna do Pub não te ajude a melhorar sua segunda feira ou qualquer outro dia de sua semana?

Nessa coluna que inauguro agora, batizada “Lugares e Lugarejos”, trataremos de lugares interessantes e divertidos de se visitar principalmente na cidade de São Paulo e arredores, já que nós do Pub somos apenas três e, infelizmente, não podemos abraçar o Brasil inteiro…

Para tristeza geral dos leitores aventureiros, essa colina será bem mais rara que todas as outras, já que assistir um filme, jogar um video-game ou ler um livro exige muito menos esforço, tempo e dinheiro do que pegar ônibus, metrô ou andar até um lugar desconhecido… Nossas sinceras desculpas.

Bem, sem mais delongas, esse post é destinado a todos aqueles que, como esse Barman infinitamente tagarela, gostam de filmes e de variar um pouco da cena já manjada de cinema atual hipster feelings. Senhoras e senhores: a Cinemateca Brasileira!

O logotipo, mente suja, representa duas rodas de um projetor e um filme passando entre elas.

O embrião da Cinemateca Brasileira vem de 1940, quando estudantes da Faculdade de Filosofia da USP tentavam criar um Cineclube paulistano. O clube foi fechado e então reaberto, seu acervo passando a pertencer ao MAM (Museu de Arte Moderna) por um período de tempo.

Em 1984, o Grande Irmão… a Cinemateca foi incorporada pelo governo federal como órgão do MEC (Ministério da Educação).

Já em 1992, a Cinemateca foi transferida para o seu précio atual, antigo Matadouro Municipal, um espaço cedido pela prefeitura de São Paulo e tombado patrimônio histórico

O edifício, ainda bem conservado, tem um ponto interessante: praticamente todos os seus espaços podem ser transformados em salas de cinema incrivelmente confortáveis e apropriadas, pra cinéfilo nenhum botar defeito. O espaço conta, inclusive, com uma tela ao ar livre de frente para um grande deck construído sobre um dos vários pátios internos e uma estrutura faraônica, também ao ar livre, ainda maior, lateral a esse deck, para se anexar telas caso necessário.

Há ainda, num dos pátios, uma coleção de obras de arte moderna dispostas em um espaço que se assemelha a um parque em quietude e agradabilidade. Perfeito para ler um livro entre as sessões.

 

Além do acervo de cerca de TRINTA MIL filmes, a Cinemateca conta com uma biblioteca que possui, como o próprio site diz: “4.700 livros, 130 pesquisas acadêmicas, 2 mil catálogos, 2 mil folhetos e 1.200 pastas que reúnem diversos documentos, como certificados de censura, convites, press-releases e papers. Há também uma coleção com cerca de 3 mil roteiros e outra com 8 mil cartazes de filmes e de eventos cinematográficos, dos quais 2.646 relacionados ao cinema nacional”. Falou bonito. Link para o site no final do post.

Algo interessante sobre a Cinemateca é a exibição de filmes antigos, nacionais ou de qualquer parte do mundo que são exibidos de acordo com as necessidades da exposição em questão, e que, em qualquer outro caso, seriam impossíveis de se assistir ou encontrar em algum lugar ou, quando encontrados, por preços exorbitantes. O ingresso de uma sessão de cinema lá sai pela bagatela de 8 reais (4 para estudantes), quando a entrada não é franca! Algo raro, admirável e vantajoso nos dias de hoje, pois, convenhamos, entre pagar uma fortuna por um DVD raro ou importado inexistente nas locadoras e assistir algo pela internet com qualidade de som e imagem inferiores, 8 reais é uma barbada! Sem contar que é um cinema DE VERDADE, com tela grande e som bom… Aos cansados do paliativo do DVD, na cinemateca o cinema pode ser encontrado como deve ser: barato, de qualidade e na tela grande!

Outro ponto curioso da Cinemateca é que a maioria dos seus filmes, por serem antigos ou por opção dos diretores, são em filme fotográfico 35mm, artifício que vem morrendo com o cinema digital, com câmeras mais leves, portáteis e baratas, entre outros benefícios técnicos, e que, ao invés de filme, pedem apenas uma recarga ocasional de bateria. Não venho falar em favor ou contra o uso de filme, mas o fato é que seu uso dá uma textura única e deliciosa aos olhos de um cinéfilo como seu Barman. Recomendo. CORRAM, CORRAM MEUS CAROS, ANTES QUE O USO DE FILME MORRA E PERCAMOS ESSA DÁDIVA!!!

A Cinemateca se encontra no relativamente calmo Largo Senador Raul Cardoso, número 207, Vila Clementino, próxima ao Parque do Ibirapuera e a apenas 20 minutos de caminhada do metrô Vila Mariana. Outras rotas constam no site http://cinemateca.gov.br/

Bem, por hoje é só, Pubianos. Aqui se despede seu Barman cinéfilo desejando tudo de bom e de melhor a vocês. FUI!

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