Torresmo e Caipirinha #12 – Detona Ralph (Wreck-It-Ralph)

Seu Servente nunca descansa só em horário de happy-hour! E cá estou eu, prolongando o meu killstreak no Pub com MAIS UM post! “Affs, Servente, você só assiste filme pra criancinhas e-” Ahem, venho ainda mais uma vez postar a minha review sobre uma animação da Disney, “Detona Ralph” (“Wreck-It-Ralph”)!

detona-ralph

Vamos ao enredo! “Detona Ralph” se trata da mudança de rotina que Ralph decide realizar. Também, depois de três décadas quebrando as vidraças de um prédio para vê-las sendo consertada pelo protagonista do jogo Conserta Felix, Conserta Felix Jr. (“Fix-It-Felix”), e ser tratado rudemente pelos personagens do jogo, ele decide sair do jogo, em busca de uma medalha de herói para mostrar a todos que ele também pode ser um herói. Ao longo do filme, ele vai parar em outros jogos, como “Missão de Herói” (“Hero’s Duty”) e “Corrida Doce” (“Sugar Rush”). O que acontece é que, depois que o Ralph sai do jogo sem avisar o pessoal, e as pessoas acham que o jogo quebrou. O jogo, estando em manutenção corre o risco de ter a máquina no flíper desligada, depois de 30 anos funcionando. Ainda, após ter adquirido a bendita medalha, Ralph acaba “despertando” um tipo de vírus, que põe o funcionamento do fliperama inteiro em risco. Em poucas palavras, o Ralph precisa voltar para o jogo. E rápido.

Agora, vamos ao trailer:

O filme é dirigido por Rich Moore, o cara dos Simpsons e do Futurama, e é muito bem animado (como todos os filmes da Disney). A quantidade de detalhes no filme é surpreendente, mas o meu preferido com certeza foi a textura da camiseta do Ralph. Entretanto o que mais chama a atenção no filme é a quantidade de “Easter-Eggs” e referências a outros jogos. Logo no começo, Ralph está numa dessas reuniões de Narcóticos Anônimos, só que de vilões. Lá, encontramos figuras famosas, como o Zangief (Street Fighter), M. Bison (Street Fighter), o fantasma do Pac Man (Pac Man), Bowser (da série Super Mario), o Dr. Eggman (da série Sonic) e até mesmo um zumbi (da série House of Dead). O próprio jogo “Conserta Felix” é baseado no jogo Donkey Kong, na qual Mario (antes chamado Jumpman) tinha que salvar uma moça das garras de um gorila. Só que não há moças, gorilas ou encanadores. O jogo “Missão de Herói” (“Hero’s Duty”) leva-nos a lembrar de outro jogo muito conhecido pelos gamers, Call Of Duty. Se bem que o jogo em si me pareceu uma mistura de Call of Duty, Halo e Star Fox. “Corrida Doce” (“Sugar Rush”) lembra bastante Mario Kart, só que num lugar feito de doces, onde os torcedores são doces e os corredores são garotinhas tipo “Moranguinho”. Ainda, numa cena (uma das minhas favoritas), Ralph está procurando por uma medalha em uma caixa de papelão velha. De lá, ele tira um cogumelo vermelho (da série Super Mario) e um ponto de exclam ação vermelho (típico da série Metal Gear).

Sergeant Calhoun, em toda a sua “maneirice”. Com certeza o personagem mais másculo do filme.

Então, de maneira bem sucinta, “Detona Ralph” é adequado para praticamente todos os públicos. Ele tem esse lance MUITO infantil e meloso, com conversinhas fofinhas entre o Ralph e a garotinha Vanellope von Schweetz para as crianças, momentos emocionalmente épicos (perto do final) para os mais crescidinhos, momentos de raciocínio gamer e outros simplesmente desapontantes.

O filme foi uma tentativa meio falha de conciliar o infantil, com o adulto, com o meio-termo, digamos. Sim, o filme tem sim alguns pontos bons aqui e ali, mas ele não consegue fazer tudo isso de uma vez. As cenas de ápice emocional foram muito breves, e a emoção não teve tempo o suficiente para perdurar no consciente. Ainda assim, HOUVE UMA CENA que conseguiu tal feito. Mas digamos que eu nunca fiquei tão desapontado com um resgate épico. Sei lá, é aquele sentimento de “vamos fazer esses personagens sofrerem por mais um pouco” entrando em ação no meio do filme. As partes infantis não foram infantis de “ai, que catchito, coisinha mais linda”, mas infantil de “porra, vamo logo, coisa chata”. O enredo meio que se perde nele próprio, e pra alguém que joga, é até um pouco previsível. Achei um pouco difícil para as crianças assistindo acompanharem o enredo, pelo fato de se utilizar de muitos termos técnicos, como “bugs”, “glitches” e “tilts”.

O filme tem seus momentos marcantes, como o lema “Sou mau, e isso é bom. Eu nunca serei bom, e isso não é mau. Não há ninguém que eu queira ser além de mim.”

O final é satisfatório. Ponto. Mas engraçadinho e bonitinho no estilo Disney, claro.

Na verdade, o saldo do dia só saiu no lucro por causa do curta-metragem apresentado antes do filme, chamado Paperman.

Um dos poucos curtas que conseguiu prender minha atenção do início até o fim. Um curta bonitinho e muito bem feito. Chega até a ser emocionantezinho, graças à trilha sonora, além de engraçadinho também.

(Obs.: consertei o link, já que o vídeo anterior havia sido bloqueado. Bem, a Disney decidiu lançar o vídeo oficial, e, graças ao Supremo, podemos assistí-lo em HD)

Então… É isso! Espero que tenham gostado e até a próxima! (Obs.: acessem o nosso feici :3)

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