Torresmo e Caipirinha #6 – A Origem dos Guardiões (Rise of the Guardians)

E depois de muuuito tempo sem nos vermos, cá estou, Servente Vermelho, com minha estupenda presença em mais um “Torresmo e Caipirinha” só pra vocês!

Rise-of-the-Guardians-UK-Quad-Poster-585x439

Dessa vez, fui assistir ao tão esperado filme que aguardei: “A Origem dos Guardiões” (“Rise of the Guardians”) da Dreamworks. O produtor, Guillermo del Toro é conhecido por produzir outros filmes reconhecidos (“O Gato de Botas”, “Kung Fu Panda 2”) e até mesmo escrevê-los (“O Hobbit”). “A Origem dos Guardiões” conta com a presença de figuras icônicas das estórias infantis, como o Papai Noel, o Coelho da Páscoa, a Fada dos Dentes, o Sandman (ou Zé Pestana, como é conhecido aqui no Brasil), Jack Frost e “Pitch” (o Bicho Papão). Mas o Papai Noel não é aquele velhinho gordinho e bonzinho, mas um cara grandão com sotaque russo, espadachim maluco e piloto de um trenó high-tech (bitches love trenó); o Coelho da Páscoa não é aquela bolinha de pelos bonitinha, e sim um coelho-canguru de bumerangue, armado até os dentes; e por aí vai. Só pelo trailer, fiquei com uma tremenda vontade de assistir ao filme, porque, JESUS CAVEIRA, aqueles efeitos visuais são demais! Dêem uma checada no trailer.

Mas vamos direto ao assunto: Para um filme da Dreamworks, este aqui foi fraquinho. Realmente, o que aconteceu aqui foi uma tentativa de fazer um “Vingadores” para crianças. O filme peca nos diálogos e por ser previsível (exceto por um ponto, que eu absolutamente não esperava que acontecesse). Além de o vilão lembrar em muito um certo irmão de um Deus do Trovão nórdico.

Mas, cara, se você está ali, sentado naquela poltrona, POR CAUSA DOS EFEITOS, gostaria de dizer que será uma experiência completamente diferente. As screenshots revelam o trabalhoso serviço de trazer ao público uma estória, que apesar de um pouco previsível, não deixa de ser emocionante; em uma animação tão perfeitamente desenhada, cada detalhe capturado de maneira única. É praticamente impossível você não sentir afeto pelos personagens. Até mesmo pelo vilão. Os personagens foram muito bem desenhados. Os movimentos de Jack eram extremamente naturais, desde o jeito de andar aos trejeitos e olhares. Bônus para os cenários, igualmente detalhados.

E o que eu realmente gosto nos filmes do del Toro são aqueles toques que mostram que, às vezes, aquele filme não é apenas para crianças. A origem de Jack Frost é o que deixa as pessoas curiosas; como ele teria ganho seus poderes e talz. Essa cena em específico teve aquele toque “del Toro” e foi uma das minhas preferidas.

“Pitch”, please.

O filme tem esse lance de batalhas mágicas, efeitos especiais voando para todos os lados. Efeitos esses que não pude aproveitar ao máximo, porque a qualidade do vídeo não estava boa para o cinema. O jeito é esperar um DVD ou quem sabe um Blu-ray. Esse sim é um daqueles filmes que vale a pena comprar o Blu-ray.

O enredo tem toques meio morais, o que não deixa a estória inteira ir para o saco. Os efeitos visuais e técnicos, os personagens e as piadinhas conseguem compensar a previsibilidade da estória; então de 0 a 10 estrelinhas, eu daria 8. Vale a pena assistir e se sentir criança de novo!

(Obs.: Eu particularmente adorei o filme. Até mesmo a estória, um pouco fraquinha, ainda me dava uns calafriozinhos. Talvez porque eu ainda seja um crianção, no fundo do coração. gaaaay)