A Estante #3: Garganta Vermelha (Jo Nesbø)

Fala, galera bonita; aqui quem vos agrada hoje é o seu Servente favorito. E hoje, com um ar meio noir (foi uma boa rima interna, vai), trago uma verdadeira obra de arte pelo mestre do romance policial norueguês, Jo Nesbø; um dos escritores mais aclamados pela Europa atualmente. Seu primeiro livro, um romance policial protagonizado por Harry Hole foi muito bem recebido na Noruega, não demorando muito até se espalhar pelo resto do continente. Ainda, seu primeiro livro conquistou o prêmio Glass Key de melhor romance nórdico de 1998. Como se já não bastasse todos os prêmios e boas recepções por cada vez mais gente, Garganta Vermelha (Rødstrupe) foi eleito o melhor romance policial de TODOS OS TEMPOS pelos leitores noruegueses. Não é pra qualquer um, hein.

Comecemos, então, pelo enredo. Garganta Vermelha não é para os fracos; enxuto, ainda que complexo, a trama protagonizada pelo inspetor policial Harry Hole (um personagem meio Sherlock Holmes, só que bem menos carismático) encontra-se envolta em uma fumaça espessa de puro mistério e plot twists. O livro divide-se em dez partes, com títulos extremamente simbólicos e de uma intertextualidade incrível. É recomendado que o leitor tenha certos conhecimentos sobre a  2ª Guerra Mundial, a Noruega, e até conhecimentos bíblicos.

O livro começa com um belo trecho, aparentemente desconexo e sem contexto; um pensamento solto e aleatório, que faz cada vez menos sentido conforme as páginas são folheadas. Trata-se de uma explicação mitológica para a aparência de um pássaro, o pisco-de-peito-ruivo (vulgarmente chamado de “garganta vermelha”). Agora, o que esse pássaro tem a ver com neonazistas, armas perigosas e um inspetor policial norueguês? Mistério, meu caro. Mistério.

A estória gira em torno de um soldado, Daniel Gudeson, que é dado como morto durante a 2ª Guerra, em alguma trincheira nos quintos do Inferno gelado de Leningrado. Entretanto este soldado reaparece, dois anos depois, em um hospital vienense. O oficial se apaixona por Helena, uma enfermeira; e quando é convocado para voltar ao serviço, ambos fogem para a Hungria. Avançando no tempo, 1999, Harry Hole tem  que invesigar uma rede de tráfico de armas relacionada a neonazistas. 2000: Um homem é encontrado com a garganta sirurgica e precisamente cortada.

O autor, Jo Nesbø, é um mestre na arte de contar os fatos de maneira tão superficial e, ao mesmo tempo, profunda. Ele dá ao leitor a oportunidade de ver os fatos pelos olhos do personagem, entretanto Jo dá apenas a visão. É como se você ambém pertencesse à trama, pensando paralelamente a Harry Hole. O livro é uma ótima escolha para aqueles que curtem aquele lance de mistério e casos policiais até sobrenaturais; tem a sua porção de ação, romance e sacadas geniais. 539 páginas de puro suspense e mistério, que valem à pena serem lidos.

E para aqueles que quiserem mais, há ainda outros livros que acompanham Harry Hole em sua trajetória. Aguardem por um futuro post de A Estrela do Diabo, a continuação cronológica de Garganta Vermelha.

Torresmo e Caipirinha #5 – Clube da Luta (Fight Club)

Boooooooooníssimo dia, tarde, noite ou éon, meu caríssimo Pubiano! E é com um quê de José Dias (não conhece??? Vá ler um pouco criatura!) que exagero nos superlativos e digo que é belíssimo o dia em que volto a escrever para vocês! Sentiram a minha falta? Sentiram falta do Pub? Nós sentimos a sua! E muito! É gigantesco o meu prazer ao anunciar que voltamos com a categoria de que seu Barman mais gosta: o Torresmo! E pra marcar esse retorno, o que melhor do que um de meus filmes preferidos? Senhoras e senhores, crianças e crianços: Clube da Luta!

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Pra quem não conhece o filme ainda, um breve resumo:

Baseado no livro de Chuk Palahniuk, 1996, o filme, de 1999, dirigido por David Fincher, conta a história de um escravo do consumo que sofre de insônia e se vê, oprimido entre seus problemas pessoais, emprego insatisfatório e impotência (no sentido de insignificância social, por favor), sem maneira nenhuma de extravasar toda essa frustração e poder, mais uma vez, dormir. Nesse estado ele conhece Tyler Durden, fabricante de sabão (entre outras ocupações) e com ele cria o “Clube da Luta”. Uma maneira para homens, frustrados como ambos, liberarem toda essa frustração e energia contida.

O clube, porém, começa a fugir ao controle desse tão comum, tão nosso e tão “nós” narrador, brilhantemente interpretado por Edward Norton, em uma de suas melhores atuações (sem favor nenhum!) e tomar proporções gigantescas, nas mãos do carismático Tyler, interpretado por Brad Pitt, em uma atuação também genial!

"Eu não consigo dormir... Eu estou sofrendo!"

“Eu não consigo dormir… Eu estou sofrendo!”

Esse narrador, claramente qualquer um de nós, estrangulados nas engrenagens impiedosas e nas mãos dos poderosos desse sistema mardito que é o capitalismo é apresentado, na figura de Tyler, à Anarquia, que afinal de contas, é o veio central desse filme.

Tyler seria o ser humano perfeito e pacífico não fosse o mundo como é hoje… Mas ao invés de nós e do narrador, ele não se acomoda em sua infelicidade, aceitando o mundo como imutável: ele se levanta contra essa realidade construída por poucos para muitos acreditarem que não podem se levantar. E leva uma galera com ele…

"Você não é um floco de neve único e lindo. Você não é especial. Você é a merda ambulante do mundo."

“Você não é um floco de neve único e lindo. Você não é especial. Você é a merda ambulante do mundo.”

O filme (e o personagem) ganharam tantos adeptos (principalmente entre os jovens) pois ambos, diferente de quase toda a produção cultural da época, pregam a mudança e o levante da maioria pela maioria. Tyler é essa vontade de melhorar o mundo, essa garra, essa raiva reprimida explodindo a dinamite caseira que existe dentro de cada um de nós e jogando tudo o que é desnecessário 15 andares a baixo.

Ele representa, em termos políticos, a primeira face (muitas vezes errônea e infelizmente tida como o todo) da anarquia: a destruição que se faz necessária para que dos cacos desse mundo frio e triste levantemos um melhor para todos.

E é claro que, percebendo a causa de sua infelicidade, nosso narrador… Nós, não ficaríamos parados, e assim começamos, mesmo que de maneira rasa e em nenhum aspecto ligada à revolução, a ceder a essa figura que entende nossas insatisfações e em quem passamos a confiar.

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Porém, como diz Tyler, “É impossível fazer uma omelete sem quebrar alguns ovos”, e, para fins revolucionários, surge o Projeto Destruição, uma instituição fascista que aos poucos se torna autônoma, mas segue idolatrando Tyler como criador e líder, um mal necessário para sua revolução, muitas vezes também entendido como o todo dessa revolução, e não como um pequeno revés.

~~~ALERTA DE SPOILER~~~

Eu não estou brincando. Se você ainda não viu o filme, pare de ler esse artigo AGORA MESMO. Não quero ser o culpado por estragar uma das maiores experiências cinematográficas da sua vida. Vá assistir o filme (não sem antes curtir e compartilhar esse artigo) e depois venha ler o resto.

Por que você que não viu o filme ainda está aqui??? Vaza, agora a conversa é para iniciados

O Yin Yang... Ou quase.

O Yin Yang… Ou quase.

 

Uma das maiores viradas de roteiro de nossas vidas foi, sem dúvida, a descoberta de que Tyler e o narrador eram, na verdade, a mesma pessoa. Estou mentindo?

Um aspecto facilmente explorado no livro (sua mente criando Tyler e o começo de sua mescla e dissolução em Tyler), cria certas dificuldades na hora de levar isso para o filme sem perda de qualidade artística, certo?… Não para o diretor David Fincher! Com seus flashes à la Tyler projetista, podemos ver a construção do líder e herói na mente do narrador. Isso e mais algumas dicas dadas ao longo do filme que nos fazem sentir como retardados ao assisti-lo uma segunda vez o tornam genial e inovador em termos gráficos e de roteiro.

Quem puder ver o filme mais uma vez, também perceberá várias indiretas quanto ao papel do narrador no final da história, como, principalmente, a impressão de seu rosto deixada em lágrimas na camiseta de Bob, o tetudo… Uma referência bem adaptada ao Santo Sudário… Seria Tyler Durden o nosso Messias?!?!

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O medo injustificado do narrador da destruição causada pela revolução corresponde perfeitamente ao nosso remorso incompreensível plantado pela mídia de que “o sistema” é perfeito e intocável, o que torna ainda mais plausível a criação de Tyler por parte de nosso narrador: uma alma livre. Uma alma que vê a verdade e não sente a culpa sem sentido da destruição de um mundo horrível, ao qual todos nós acrescentamos um tijolo todo dia em que não nos levantamos… Tyler é quem o narrador quer ser.

Destruir sua própria criação horrível sem remorso e amar o diferente, o marginal, o estranho sem medo: Tyler quer destruir e, em um momento de “id”, aplaca, por meio de desejos sexuais, os sentimentos do narrador pela, digamos… Excêntrica, Marla Singer, trazida à vida por Helena Bonham Carter, fechando o panteão de atores fora de série.

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Esse é um dos poucos filmes em que, apesar da pequena alteração/omissão no final (assim como em Laranja Mecânica) se pode afirmar, sem medo algum: é tão bom quanto o livro, se não melhor.

O sabão está em nossas mãos, e o que faremos? Abaixaremos a cabeça ou limparemos essa sujeirada para fora da existência?

A Estante #02 – Ciclo a Herança! “Eragon” (2002), “Eldest” (2005), “Brisingr” (2008)

Boooooooooníssimo dia, tarde, noite ou éon, meu caro Pubiano! Aqui quem vos fala é o Barman mais verde do universo: eu! E o porque da animação toda, você pergunta? Simples! Chegou o dia de escrever de uma das minhas séries preferidas de livros, a antiga “Trilogia da Herança”, que passou a cer o “Ciclo a Herança”!

Isso mesmo meus caros, hoje trataremos da história de Eragon Matador de Espectros e seu dragão, Saphira Escamas Brilhantes, as crias do habilíssimo e precoce escritor Christopher Paolini que, hoje com 28 anos, começou a escrever essa peça da mitologia moderna aos 15 (isso mesmo meus caros, QUINZE) anos de idade.

Esse post, esteja avisado conterá inúmeros spoilers, já que seu querido Barman resolveu fazer uma review desses três livros de uma só vez. “Mas qual seria a ocasião de tão importante post, Barman?” vocês perguntariam. Ora ora, meus caros, a ocasião é o lançamento do último livro dessa série, chamado “Herança” (“Inhiretance”, no original, de 2011), lançado no Brasil na última bienal, onde tive a honra de, ao lado de meus parceiros de Pub, comprar essa peça de uma das séries que mais me  marcou e construiu.

A análise funcionará de maneira diferente hoje. Eu não posso deixar de enxergar nessa saga uma série de referências a… TUDO. Desde sagas mitológicas anteriores até blockbusters e até animes. Logo, essa análise será por referências! Sem mais delongas, meus caros, a Trilogia da Herança!

A capa do primeiro livro da saga

Star Wars Episódio VI – Uma Nova Esperança

Se formos nos ater ao enredo apenas do primeiro livro, ignorando suas viradas no melhor estilo novela mexicana mais a frente, esse momento é profundamente parecido com o primeiro isso mesmo, primeiro. Ameaça Fantasma é o ca***** filme da saga Star Wars. Recapitulemos!

Luke é um órfão que vive com o tio fazendeiro em um planeta distante, atrasado e marginalizado. Não sabe muito dos pais, foi abandonado ainda um bebê e não conhece nada que não aquela pequena vida: arar a terra, plantar, colher e esperar a próxima temporada.
Eragon também.

Porém a vida de Luke é alterada quando dois robôs aparecem e o convencem a ir conversar com o ancião excêntrico e eremita da região, que mais tarde se revela ser membro de uma antiga ordem que mantinha a ordem mas foi traída por um membro especialmente poderoso, que Luke mais tarde descobre ser seu pai, de quem herdara uma espada com características especiais.
Eragon… Também (troque robôs por um dragão e bum!)

Ao retornar da visita ao ancião, Luke encontra a fazenda incendiada e seu tio morto, o que, apesar dos pesares, o deixa livre para ir atrás de seu propósito: se unir aos rebeldes e derrubar o Imperador, enquanto viaja com o ancião e começa seu treinamento.
Eragon também.

Luke perde seu mestre e, durante uma batalha, tem uma visão que o aconselha a ir para o sistema de Dagobah, isolado e de selvas intransponíveis, aprender com um outro mestre, um fugitivo do império mais ortodoxo em seus métodos.
Eragon… Acho que vocês já entenderam, certo?

O Senhor dos Anéis

Como todo livro fantástico pós-Tolkien, esse também presta seu tributo ao mestre dos mestres: os Ra’zac.

De fato, o estranho sobre-humano sem rosto cuja mera presença causa medo até na mais brava das almas é uma figura recorrente na mitologia clássica, mas cabem a Tolkien os louros por trazê-la à mitologia contemporânea com seus Nazgûl, os Espectros do Anel. Depois dele, a maioria das obras que tange mitologia e tenta inovar traz algo similar: os dementadores de Rowling, os Espectros de Philip Pullman (“A Bússola de Ouro”) e os Ra’zac de Eragon.

A novidade é: em Eragon esses seres ganham face, genealogia e um estudo biológico completo.

Seu coro é duro, negro e brilhante como a carapaça de um besouro, eles possuem um pequeno bico ao invés de uma boca e olhos grandes e vermelhos em um rosto, no mais, vazio, geralmente coberto por um véu. Sua força e resistência são superiores às dos homens, seu bafo pode paralisar a metros de distância e o medo causado por sua presença é incomparável.

Ele também possuem, em outra referência a Tolkien, montarias aladas, os Lethrbaka, que (bomba!) aqui são seus pais. Após um longo período em seu casulo móvel em forma de humano, o Ra’zac o rompe e ressurge, como uma bela borboleta letal e putrefata, como seus pais foram. Lindo, não?

Um Nazgûl em sua montaria alada, a inspiração dos Ra’zac

 

O segundo livro: Eldest

Dragon Ball Z

Pois é, pois é, pois é, meu caro. Quando parte para Dagobah… Digo, Ellésmera para iniciar seu treinamento com Oromis e Glaedr, o último dos Cavaleiros de Dragão vivo e seu dragão, respectivamente, Eragon aprende uma técnica… Curiosa.

Após ter dominado a percepção de formas de vida de qualquer tipo próximas de si e suas intenções, bem como sua energia vital, Oromis ensina o Cavaleiro em treinamento a usar a energia desses seres ao seu redor… Assim como Kaiô-sama ensina Goku a criar a sua já famigerada Genki-Dama, ou como o Mestre Batráquio ensinou o Senjutsu a Naruto… Pois é.

O detalhe aqui é: um pouco de descontrole e toda a energia vital da pessoa é sugada por Eragon, matando-a instantaneamente. Fazer o que, né? É o ciclo sem fiiiiiiiiiiiiiiiim!”

“Pessoas da Terra, me passem sua energia!”
Quanta gentileza Goku! Eragon já a teria tomado a força…

Karatê Kid

Essa… Essa é bem duvidosa, talvez nem exista e seja tudo da cabeça de seu Barman, mas… O treinamento de Oromis, idoso e experiente, muitas vezes frustra Eragon, jovem e impaciente, ou parece a ele sem propósito algum.

Quando Eragon tenta, ainda que da maneira mais polida possível, mostrar sua impaciência e dizer que já entendeu a lição, Oromis se enfurece e responde com uma boa surra… De didática, meus caros, e prova o erro do aprendiz em se impacientar.

“Não não, jovem gafanhoto! Passa a cera e tira a cera!”

O dragão de Oromis, Glaedr, na capa de Brisingr, o livro que deveria, e eu repito, deveria ter encerrado a Trilogia da Herança

O Resgate do Soldado Ryan

Talvez esse também seja coisa da minha cabeça, mas… Eragon, o homem que pode salvar o Império de um governador opressivo ficar pra trás no território inimigo, sem proteção alguma, apenas para salvar Sloan, um homem que talvez nem mereça tal tratamento muito me lembra da saga de John H. Miller (Tom Hanks) e seus homens separados da linha de batalha para vagar sozinhos correndo rico de vida constante em busca de James Francis Ryan (Matt Damon), um homem que nem conhecem e talvez nem mereça o esforço…

Kill Bill

Isso mesmo! Uma das mais belas obras do mestre Quentin Tarantino encontra eco em um livro de mitologia fantástica (se é que isso não é um pleonasmo)!

Quando Eragon perde sua espada, Zar’roc (“Desgraça”, em élfico) e tenta usar uma espada comum, percebe que espada nenhuma serviria para alguém com a destreza e força de um Cavaleiro de Dragão, logo que pode volta à Ellésmera para conversar com Rhunon, a mais destra das ferreiras (e ferreiros!) élficos, que fazia as espadas de todos os cavaleiros, inclusive Zar’roc, e pedir uma nova espada.

Rhunon, porém, assim como Hattori Hanzo, o primeiro mestre de Beatrix Kiddo e artesão de sua espada em “Kill Bill” (2003), fez, após a ascensão do rei (ou de Bill), de cuja espada ela era a artesã, um juramento de nunca mais fazer algo que mate alguém.

Mas é claro que, assim como Beatrix, com um pouquinho de conversa sobre dever, Eragon convenceu Rhunon a fazer sua espada, Brisingr (“fogo”, em élfico), que foi a primeira palavra em élfico que ele disse, e que também nomeia o livro.

Alguns devem estar pensando “Mas e o filme do Eragon? Não vai falar dele?” E a resposta é: não. E nunca mais levante tal desgraça sob o teto desse boteco, que aqui é um Pub de família! Não falei e jamais falarei de tal atrocidade e vergonha, tanto para o livro, como para as adaptações para o cinema como para qualquer filme. Não. Nada disso. Não enquanto eu trabalhar aqui.

Bem… é isso. Podem esperar uma análise, dessa vez convencional, em um futuro próximo, do quarto livro da série, que começarei a ler na semana que entra! E caso recebamos muitos pedidos, posso também fazer análises convencionais de cada um dos livros, separadamente.

Como se diz na internet: desculpem pelo post longo. Não deixem de curtir nossa página no face e de nos compartilhar, tanto no face como com amigos, inimigos e antepassados! Um beijinho lascivo no cólon ascendente de cada um de vocês e até a próxima!
“E que as estrelas zelem por vocês e suas espadas permaneçam afiadas”

O Pub no Face – http://www.facebook.com/umanoitenopub

Um (humilde) Servente na 22ª Bienal do Livro de São Paulo (que, obviamente, está se utilizando do título do Barman)

Saudações, caros amigos, queridos Pubianos! Aqui é o seu voluptoso, lascivo e nem tão divertido Servente. Primeiramente, quero desculpar-me pela ausência da trupe do Pub e agradecer pela paciência. O seu desocupado Servente marcou presença no grande evento bíblico ocorreu entre os dias 9 e 19 desse mês (agosto de 2012), no gran Anhembi. Tá, talvez nem tão grande assim.

Como o Barman mesmo disse, muitos nomes renomados (ou não) marcaram presença neste grande evento. Mas, infelizmente, não pude parar para pegar um autógrafo (porque eu tava cansado e deitar no chão e ler um livrinho me pareceu uma opção boa).

O evento estava bom, como sempre, mas sendo um evento bom e, ahn, grandinho, seria ótimo considerar a relocalização. Eu fui com três pessoas (o Garçom e seu primo), e foi horrível trafegar por o que parecia milhões e milhões de pessoas, em um aglomerado intransponível de cabeças pensantes. Chegamos no horário de pico (que beleza) e fomos recepcionados por um apagão. Seguido de outro. E outro, às 4 da tarde. Muitos stands foram pegos de surpresa, não tendo como lidar com o escurinho. Alguns vendedores utilizavam-se da rarefeita luz proveniente de seus aparelhos celulares. Gambiarra FTW.

E, no meio da ida foi que eu lembrei que faltava alguma coisa na minha mochila estranhamente vazia. Tinha esquecido a câmera e me lamentei pelo resto do passeio.

Ah, e acho que valeria à pena falar sobre os stands, sim os stands. A Saraiva sempre me revolta um pouco. Não dava para acreditar na quantidade absurda de pessoas que se socavam naquele stand. E, claro, os livros pelos quais quase todo mundo procura sempre podem ser encontrados em outros stands, menores e mais organizados. Bem, pelo menos eu ganhei uma bolsinha (ui) do Machado de Assis. Êêêê… Um stand aceitável foi a Leya, que estava com a bola toda graças às “Crônicas de Fogo e Gelo”, ao recente “Jogador Nº1” e à série “Dragões de Éter”. Estava cheio, mesmo assim. A Rocco vez bastante sucesso com os livros que inspiraram o filme “Jogos Vorazes”. Outro stand que estava abarrotado de gente era o da Intrínseca, com o lançamento do “50 Tons de Cinza”, livro ultra-polêmico que está dando o que falar; e o “A Culpa É das Estrelas”. Último, mas não menos importante, o stand da Comix estava, no mínimo, sufocante. Uma fila enorme se formou na entrada para o cúbiculo da Comix, levamos uns 15 minutos para entrar.

Bem, agora vamos ao loot do dia: “Rangers – A Ordem dos Arqueiros: Ponte em Chamas”, de John Flanagan, editora Fundamento; “Jogador Nº1”, de Ernest Cline, editora Leya; “jogos Vorazes”, “Em Chamas” e “A Esperança”, de Suzanne Collins, editora Rocco; e “A Culpa É das Estrelas”, de John Green, editora Intrínseca. E 24 Booster Packs de Pokemon, porque bitches love Pokemon. Sem contar no potinho de açaí (de 5 contos, um ultraje) e a bolsinha (ui) do Machado de Assis.