A Invasão das #hashtags

Após um longo período de hibernação, os funcionários do Pub menos ordinário das ruelas internetais vão acordando aos poucos de seuprofundo sono. E quem chega, das cinzas retornando, é seu favoritíssimo, queridíssimo e carismático Servente Vermelho.

Agora, feitas nossas comuns apresentações, vamos falar sobre o recente “trending topic” da Internet inteira, um fenômeno comumente repetido nas redes sociais, e que até nos alcançou no plano material: as temidas “hashtags” (#). Mas o que diabos é uma hashtag? “Cerquilha” ou “Cardinal”, é (ou melhor dizendo, “era”) um símbolo universal que representa um número qualquer; mas, para os mais íntimos, chamamos as tais “hashtags” de “Octothorpe”. Criado na década de 60 por Don Macpherson, um supervisor da Bell Labs (uma empresa informática norte-americana), para acesso de serviços de dados. Na música, é até utilizado para sinalizar o sustenido, que são meios tons acima da nota usual.

“Ain, Servente, cê tá enrolando aí e não falou do que é a hashtag #chatiada.”

Acalme-se, criança descontente e chateada. As hashtags agora são popularmente usadas para exprimir ideias e frases por meio de apenas uma ou duas palavras, como no exemplo acima. A criatura utiliza-se de “#chatiada” para exprimir sua condição de estado.

“Ain, Servente, por que isso tudo, meu??? #confusa.”

O uso das hashtags se torna popular com a massificação de microblogs, como o Twitter, nos quais temos um limite para exprimir nossas ideias em um tweet de 140 caracteres. E por isso, ao invés de desperdiçarmos nossos preciosos caracteres digitando “Estou chateada.”, digitamos “#chatiada”. No Instagram, as fotos são classificadas em hashtags, auxiliando a procura e busca de fotos específicas. Por exemplo, se o seu Servente quiser procurar por fotos de Berlim, ele procurará pela hashtag “#Berlin” ou “#berlin”. Prático, não? Ainda, no Tumblr, o sistema das tags é o mesmo. Ao postarmos coisas, desde textos até links e fotos, há a bara de tags, em que apenas digitamos o nome da tag, e apertamos o botão da vírgula para escrever ainda mais uma tag para classificar este post com mais tags. Há também quem converse por meio das tags também. Exemplo:

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As hashtags tornaram-se também ótimos recursos de humor, que, sabendo ser utilizados e introduzidos (#ui) no momento certo, causam reações cômicas inesperadas. Mas seriam elas os novos memes? E por quanto tempo mais será que sobreviverão até ficarem obsoletas como as outras formas de humor? Será que podemos fazer algo para salvá-las? Que tal uma…

#sopapánois?

Enfim, espero que tenham se divertido com essa matéria pouco útil, e até a próxima! #beijocas #molhadas #partiu #jogar

(Obs.: Fiquem atentos aí! Faremos um sorteio do nosso blog em breve!)

Tumblr: A rede social antissocial.

Okay. Vamos começar do básico. O que é uma rede social? Basicamente, um site em que muitas pessoas – muitas pessoas mesmo – se conectam diariamente e interagem com outras pessoas, sejam elas conhecidas ou desconhecidas. Desde o infame Orkut ao badalado Facebook, Twitter, MySpace, LiveJournal e por aí vai. Você se expõe ao mundo, que por sua vez, se abre (hmmm) para você. Você compartilha as suas ideias, os seus pensamentos e conhece pessoas que pensam como você, curtem o mesmo estilo de música e estilo de vida. Daora, né? As redes sociais tinham tudo para dar certo, mas… POR QUE CARALHOS VEMOS APENAS DISCUSSÕES? São páginas e mais páginas de discussões e brigas desnecessárias… Gente cuspindo argumentos uns nas caras dos outros e aquela chacina à nossa língua lusitana.

Agora vamos ao assunto principal: o Tumblr. “servente vremeiu tambler eh coiza di ripster nozentinhu i dji muiézinha eu sow zik falw morou véi”

O dito-cujo.

O dito-cujo.

T-tá. E é aí que a rigorosa seleção natural se encarrega de levar adiante OS ESCOLHIDOS. Provavelmente, muitas pessoas acham que o Tumblr é um lugar cheio de arco-íris em efeito sépia, cheio de fotinhos instagramadas de cachorrinhos e aquelas frases “Ai, toda garota má já pisou em bosta de unicórnio…” (Ênfase nas reticências). Sim, também há esse lado hipster das coisas. E, verdade seja dita, a maioria dos usuários são do gênero feminino. Mas vocês conhecem o LADO SOMBRIO do Tumblr? O lado habitado pelas fangirls convulsionantes que simplesmente “não podem”, das garotas que se comunicam com outras batendo as cabeças no teclado e que choram por personagens fictícios e seus casais?

Você veio à vizinhança errada.

Você veio à vizinhança errada.

Espero que não estejam assustados. Porque isso aqui foi só um aquecimento. Como eu disse antes, muitas garotas utilizam o Tumblr. Algumas desenham, outras escrevem, outras fazem os dois, e outras simplesmente passam o dia inteiro sentadas ali rindo/babando/chorando/convulsionando sobre as coisas triviais da vida. Para os fãs de Harry Potter, aqui está uma das provas do nível de aleatoriedade dessas garotas:

Nasce um deus...

Nasce um deus…

Ahem, voltemos ao assunto. Mas por que rede social antissocial? Simples. Essas… criaturas são aquelas garotas que ficam na delas o dia inteiro. Que não frequentam todas aquelas festas e preferem ficar o dia inteiro em casa na Internet. Ou, para ser mais claro, no Tumblr. São aquelas garotas que na aula ficam quietas, rezando para que não sejam notadas por ninguém. Nem mesmo o amiguinho do lado. Elas fazem essa cara de nada o dia inteiro, porque quando sozinhas se trANSFORMAM NUM DEMÔNIO DE OUTRA DIMENSÃO, PARA REALIZAR SEUS DIÁRIOS RITUAIS PENTAGRAMÁTICOS. Mentira, elas são pessoas que TENDEM a não se misturar com as outras pessoas de nossa sociedade atual.

Olhe para essa pessoa. Com certeza alguém do Tumblr.

Olhe para essa pessoa. Com certeza alguém do Tumblr.

O Tumblr é um lugar de conspirações e uma ameaça em potencial às pessoas que querem manter-se sãs. É um caminho sem volta. É UMA FILOSOFIA DE VIDA. Mas, acima de tudo, esta rede social em especial é criada por seus usuários. Tudo aquilo que está ali foi feito por alguém; alguém simples, como você! E uma vantagem dele é que podemos utilizar os famosos Gifs, como este aqui:

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Sublime. Simplesmente sublime.

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A rotina de quem passa os dias neste site…

Agora vamos a outro tópico, sim? Vamos entender o que acontece nessa rede soci- TUDO. TUDO ACONTECE LÁ. A gente de lá é pirada. Podemos ver gifs, vídeos e reflexões traumáticas sobre shows e desenhos da categoria “Nostalgia”, como por exemplo todos aqueles filmes da Disney que assistimos até decorarmos as falas. As pessoas são loucas por séries, filmes, jogos e animes, como “Supernatural”, “Sherlock”, “Os Vingadores”, o recente “Hobbit”, “A Origem dos Guardiões”, “Homestuck”, “Game of Thrones”, “House”, “Doctor Who”, “The Big Bang Theory”, e por aí vai. Ah é… Vale falar que os fãs de cada um desses filmes, séries, etc, formam uma comunidade chamada “fandom”.

E eu nem vou começar sobre o fato de as pessoas shippa- ESQUECE, JÁ COMECEI. O que rola aqui é o fato de as pessoas “shipparem” personagens, fictícios ou não, heterossexuais ou não. Calma lá. Vamos devagar. Vamos supor que você, por algum motivo, esteja assistindo a uma novela; E QUER QUE AQUELES DOIS FIQUEM JUNTOS. Pronto, você está oficialmente “shippando” o casal. “Shippar” vem do termo “ship”, de navio mesmo, eu sei lá o porquê. E o momento mais polêmico do post… Não, não são os mamilos. E se você shippasse um homem… com outro homem? Pois é. Mulher com mulher também acontece. Não importa de que fandom você seja, você sempre se deparará com ships. E seus problemas, como a guerra de ships. A Guerra de Ships acontece por inúmeros motivos, mas principalmente pelo seu ship não condizer com o do amiguinho. E como seres humanos, vocês discutirão educadamente ou não a respeito desse atrito.

E tudo pode ficar mais complicado, filhos. A jornada pelo Tumblr é perigosa. Eu venho de um lugar sombrio, onde garotas batem as cabeças no teclado e arrancam seus cabelos por seres fictícios, onde o mundo já acabou e está sendo recriado numa dimensão paralela, onde países são personificações, onde a homossexualidade é aceita, onde tudo era normal até que a Nação do Fogo atacou. Onde viajamos no tempo numa cabine de telefone, onde pessoas são anjos e demônios, onde estátuas de anjo não são meramente estátuas de anjo, onde todos querem saber o que aconteceu em Budapeste, onde assassinos ainda lutam contra templários e onde o Capitão América engravida o Homem de Ferro.

Lembrem-se: É uma viagem sem volta. As primeiras semanas são difíceis e você passará por transformações ao longo de sua viagem.

E o que eu aprendi com o Tumblr? Que você não precisa de drogas para ficar drogado, huehuehue. Até a próxima!